quarta-feira, 3 de junho de 2015

"A arte como experiência"

 
“A arte é, na experiência, produto de interação entre os seres humanos e seu meio ambiente.” John Dewey.

 

Em 2011, li este livro e agora divido parte dessa experiência.

De acordo com análise feita pelo autor, eu pude sentir, em seus relatos,  a decodificação do processo criativo em todas as artes, traduzindo a fundo sensações inconscientes e na maioria das vezes, despercebidas pelo próprio artista. Análise essa, tão verdadeira, que me levou a conjecturar que, John Dewey tenha em sua vida, produzido alguma forma de arte, por descrever com tanta sensibilidade.

Ele relata com tal intimidade e precisão, como ocorre esse processo criativo, que pude identificar muitas vezes, as quais não tinha me dado conta, nos momentos em que estou trabalhando.

Faz um paralelo muito interessante do diálogo da obra com o observador, que ao completar de certa forma, a obra em questão, nesse ato de contemplação, da experiência ocorrida de forma tão singular em cada pessoa e em cada momento, que me permitiu deduzir o porque, de muitas obras de arte depois de séculos transcorridos, serem descobertas (arte africana, arte oriental, arte indígena...) e terem uma repercussão mundial significativa na época, em decorrência do momento cronológico e emocional da sociedade.

Pude concluir, ao ler esse maravilhoso livro, que a obra de arte é parte de todo arquétipo humano, (indo um pouco além, diria, divagando: e animal), desde criação, alimentada na evolução e subjetiva a cada momento; não se produz arte, sozinho; é uma somatória social e vivenciada. A obra de arte, por esse motivo tem em seus aspectos criativos, o DNA da vida do artista e em proporção, é o DNA da humanidade.

 

John Dewey, doutor em filosofia, filosofo, educador, cientista político e social norte americano, nasceu em 1859, nos EUA e é considerado o expoente máximo da escola progressiva norte americana.